A primeira moto de rua com seis cilindros -- pois já haviam sido utilizados em competição -- surgiu em outubro de 1972, não das mãos dos japoneses, mas dos italianos: a Benelli Sei (seis no idioma local). A marca havia sido absorvida naquele ano pelo grupo De Tomaso, então em seus melhores dias, que lhe estava impondo um ritmo de evolução a passos largos.
A casa de Pesaro definiu a cilindrada de 750 cm3, resultando em pequenos cilindros de 125 cm3 cada. A potência era pouco superior à da CB 750 da época -- 76 cv a 9.000 rpm --, mas o generoso torque de 7 m.kgf a 6.850 rpm justificava os cilindros a mais. Com três carburadores Dell'Orto, câmbio de cinco marchas, partida elétrica, três saídas de escapamento em cada lado e 220 kg de peso, a Sei alcançava quase 200 km/h.
A moto exibia elegância, graças à participação em seu desenho dos estúdios italianos Ghia e Vignale, também adquiridos pela De Tomaso. O freio dianteiro a duplo disco (de 300 mm) era da Brembo, empresa de Milão já famosa no setor de automóveis, mas ainda não no de motocicletas; o traseiro era a tambor. A preocupação da Benelli em não deixar que o motor ultrapassasse a largura usual das pernas do piloto resultou em um comprimento de 80 cm à altura do virabrequim.
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