A norte-americana Confederate,
marca conhecida pelas motocicletas de design exótico com inspiração aeronáutica
e preço salgado, revelou neste fim de semana a FA-13
Combat Bomber, sua mais recente criação. A moto é produzida de
maneira artesanal e limitada a apenas 13 unidades vendidas pela bagatela
de 155 mil dólares, o equivalente a quase R$
500 mil. O novo modelo também representa o ponto final na
história da fabricante.
Como de costume nas motos da Confederate, a FA-13 Combat Bomber tem linhas totalmente fora do comum e tem seu chassi esculpido diretamente de peças utilizadas pelos militares dos Estados Unidos na construção de aviões. O acabamento em preto fosco também faz alusão aos caças “invisíveis” da Força Aérea norte-americana.
A nova moto é equipada com um propulsor de dois cilindros em V de 2.163 cm³e arrefecido a ar. Os números de desempenho, no entanto, são ligeiramente maiores do que os da P51 Combat Fighter – modelo que a marca produz atualmente e está em suas últimas unidades disponíveis -, 150 cv de potência máxima na casa das 5.000 rpm e o torque impressionante de 22,8 kgf.m já por volta dos 2.000 giros.
Despedida em grande estilo
A FA-13 Combat Bomber não é apenas a nova moto da Confederate, é também sua última. Em entrevista ao jornal californiano Los Angeles Times, o fundador e CEO da marca, Matt Chambers, revelou que a marca será reformulada e passará a se chamar Curtiss Motorcycles em homenagem a Glenn Curtiss, aviador dos Estados Unidos que estabeleceu recordes de velocidade em duas rodas com motos de fabricação própria.
O motivo? A rejeição da maioria dos estadunidenses á figura dos Confederados personagens da Guerra Civil americana e normalmente ligados à direita radical do país. “Acredito que perdemos uma série de negócios por causa desse nome”, disse Chambers ao periódico de Los Angeles. Ao todo, a Confederate comercializou 1.300 motos a um público seleto que inclui o ator Tom Cruise.
E a marca não vai apenas mudar de nome. O CEO Matt Chambers ainda confirmou uma parceria com a Zero Motorcycles para o fornecimento de motores, que serão utilizados em um novo modelo. Uma vindoura custom elétrica, que deverá ter o nome de Hercules.
A Bomber, então, representa o fim de uma era do motociclismo nos Estados Unidos, sobre a qual Chambers relacionou com o baque sofrido pelas motos do país com a chegada dos modelos japoneses. “Então, de repente, é 1970. A era das grandes e musculosas motos americanas com cilindrada exagerada, bastante torque em baixa rpm e com a simplicidade do arrefecimento a ar chegou ao fim. Com a Combat Bomber, nós vamos sair com um estouro e sem lamentações”, finalizou.
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