Por: Mari Sbravatti
Batom, Motocicletas e outras conversas...
É um livro de crônicas. Mas para não ser acusada de propaganda enganosa, já vou adiantar: Não é um livro que fala apenas sobre motocicletas. Muito menos sobre batom, maquiagem, estas coisinhas.
O livro aborda diversos temas que acompanham nossa vida cotidiana.
Literalmente do Batom à Motocicleta, num sentido meio figurado, misturado com literal.
Mas o motociclista tem um jeito todo especial de ver o mundo. E algumas crônicas abordam pontos de vista que só um motociclista vai conseguir entender.
Ainda que o tema central nem seja a motocicleta. Bem, se quiserem arriscar, leiam e me contem.
Mas temos crônicas só sobre motocicletas sim. Nada de parte técnica. Eu só compreendo o lado romântico de uma motocicleta. De resto eu só sei levar para revisão, trocar óleo, abastecer, lavar e calibrar pneu.
Espero que gostem desta "palhinha" exclusivamente para o DarK ChopperS-Brasil e seu público tão especial, tão "minha praia". Beijokas kustomizadas. Mari.
A MOTOCICLETA, AH A MOTOCICLETA
Quero falar de moto, mas especialmente para aqueles que não são motociclistas. Longe de querer convencer alguém de alguma coisa, mas apenas uma narrativa a respeito das minhas impressões sobre esta “máquina mágica” e sobre o efeito que ela tem naqueles que caem nos seus encantos.
Feriado de 09 de julho, 10h15 da manhã e estou estacionando no posto de gasolina para abastecer Branquela e calibrar os pneus. Enquanto o frentista abastece: “Moço, fica parado um pouquinho para eu fazer uma foto!”Um olhar do tipo “tem doido para tudo”, e a pergunta: “É para colocar no Face moça?”. “Também. Acabei de descobrir o tal do Instagram com o celular novo que eu ganhei do meu namorado e eu, que já gostava pouco de foto, agora estou fotografando até a moto abastecendo. Mas é porque ela é meu xodozinho moço.” Mais um olhar intrigado e um sorriso amarelo porque Branquela não é nenhuma Harley. Mas é a minha Branquela. E que eu sou apaixonada por ela, não é segredo para ninguém. Minha primeira moto, minha “professorinha de pilotagem”, meu xodozinho sim. No passeio de hoje fiquei observando, como sempre, os outros motociclistas que cruzaram o nosso caminho. A começar por mim e pelo Adriano. Um casal, cada um na sua moto, mas juntos. No caminho para Limeira primeiro foram duas motocicletas esportivas daquelas que passam rasgando. Um trio de motocicletas custom indo em direção a Piracicaba e no posto de Limeira, um grupo de “Harleiros” indo para algum lugar perto de Jundiaí. Todos muito simpáticos. Um deles até veio e me abordou assim: “Moça, você acabou de me criar um problema.” Bastante surpresa e sorrindo: “Ah é? Por que?” Ele: “Estava aqui ainda agora argumentando com a minha esposa que mulher tem que ir na garupa e você chega pilotando?!” É lógico que ele falou em tom de brincadeira, e a mulher já foi quase emendando que já pilota a Harley do marido, mas que só falta a habilitação. Acreditei né? Risos, porque quem pilota sabe que não é bem assim. Mas o que vale é o desejo de ela pilotar. Saindo de Limeira, na rodovia dos Bandeirantes em direção a Americana mais motociclistas passaram por nós. Grupinhos, duplas, casal com garupa e vários até sozinhos. Sozinho entre aspas porque com uma motocicleta você nunca está sozinho. Ela sempre está ali com você te proporcionando toda aquela sensação da liberdade de estar voando. E com a motocicleta também fomos almoçar o melhor parmegiana de Americana e ainda deu tempo de correr atrás de um pavão no zoológico e fotografar a girafa. A moto faz isso com você: faz você se sentir criança novamente. O cansaço bate, mas você não tem vontade de voltar. E na última curva antes de entrar na cidade, por mais que você esteja com o bumbum doendo, dá uma vontade de fazer o retorno ou pegar outra estrada. É isso. Não sei se você passou o feriado no sofá ou fazendo a coisa que mais gosta, mas se você gosta de moto e passou fazendo um passeio, eu tenho certeza de que você passou o feriado da melhor maneira possível.
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