segunda-feira, 25 de junho de 2018

Indian Motorcycle no Brasil 2015 - 2018

 
A centenária marca Indian Motorcycle chegou ao Brasil no Salão Duas Rodas 2015 prometendo fazer barulho, mas hoje, menos de três anos após sua estreia no País, a marca anunciou o fim das operações no mercado brasileiro. A cris e econômica e a consequente queda nas vendas de motocicletas foram apontadas pela Polaris, grupo detentor da marca em todo o mundo, como os fatores decisivos para o fim da curta vida da Indian no Brasil.
A marca chegou com planos ambiciosos, querendo até mesmo disputar mercado com a Harley-Davidson, sua rival histórica. Com um line-up de cinco modelos, montandos inicialmente em Manaus (AM), o mercado nacional não respondeu da maneira que a Polaris esperava. Já em 2017, a marca parou de montar motos no Brasil, já que o volume de vendas não justificava o investimento, e passou a importar alguns modelos. Mesmo assim, o negócio não se sustentou.

Em 2016 e 2017, a Indian vendeu apenas 691 motos no atacado, segundo números da Abraciclo, associação dos fabricantes do setor. Após parar de montar as motos em Manaus em abril de 2017 e começar a importá-las, a empresa não forneceu números de vendas.
Segundo comunicado oficial da marca, “a falta de rentabilidade do negócio no Brasil decorrente do recrudescimento da economia brasileira com a consequente redução da indústria de motocicletas nos últimos anos, agravaram os desafios de continuidade da importação e revenda de motocicletas premium de alta cilindrada”.

 Os clientes que adquiriram motos Indian terão serviços de pós-vendas e garantia am algumas concessionárias Polaris, mas que ainda não foram definidas. De acordo com a assessoria de imprensa da marca, no período de transição de 120 dias serão escolhidas e anunciadas as autorizadas Polaris e outras oficinas que darão suporte aos consumidores da Indian. “Nosso compromisso é de total suporte à rede de concessionárias e aos clientes da Indian Motorcycle nessa transição”, comenta Paulo Brancaglion, Country Manager da Polaris Brasil. Para mais informações, os clientes Indian podem contatar o canal de atendimento pelo telefone (11) 3336-5482 ou pelo e-mail: contatobrasil@indianmotorcycle.com.


quarta-feira, 20 de junho de 2018

Nose Art - A história por trás das guerras

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) não viu apenas as inovações tecnológicas dos aviões que foram usados no conflito. Outro aspecto da cultura militar começava a se destacar: a ''nose art'' —pinturas decorativas feitas na fuselagem, especificamente no ''nariz'' das aeronaves de guerra (por isso o nome ''arte de nariz''). Eram imagens de pin-ups, bocas de tubarão, personagens de quadrinhos, entre outras referências.
A personalização dos aviões tinha várias funções, como trazer sorte, identificar aliados e distrair os inimigos, mas também era uma forma de amenizar o clima pesado da guerra e aumentar o moral dos pilotos.
Pilotos italianos e alemães são apontados como pioneiros da ''nose art'', decorando seus aviões monomotores já em 1913. A prática foi se espalhando, mas foi na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que ela se popularizou, especialmente com o fim das restrições a esse tipo de prática pelas Forças Armadas norte-americanas. A partir deste período, chamado de “a era de ouro da nose art”, as pinturas passaram a refletir características da sociedade.
Pin-ups —mulheres bonitas em poses sensuais— e tubarões estavam entre os desenhos preferidos dos pilotos. No caso das mulheres, essas ilustrações reforçavam a presença feminina num ambiente dominado por homens e também mostravam o ideal de mulher que os solados esperavam encontrar na tão sonhada volta para casa. As imagens das pin-ups iam de ternas às mais erotizadas.
Já os pilotos britânicos e alemães foram os primeiros a usar a imagem de tubarões na 1ª Guerra Mundial. Nessa época, o tom dado pelo tubarão era mais de humor do que de ameaça. Só na Segunda Guerra é que o tubarão com seus enormes dentes passou a ser usado para intimidar os inimigos.
Após a Segunda Guerra a ''nose arte'' perdeu um pouco o seu espaço, retornando depois na Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. Em ambas, os aviões eram personalizados num tom mais político.

Veja algumas imagens:
B-25 Mitchell

O B-25 Mitchell é um bombardeiro médio bimotor dos Estados Unidos, considerado um clássico da Segunda Guerra Mundial. Aqui ele aparece decorado com o desenho de uma pin-up.
 Bombardeiro norte-americano
A decoração de tubarões foi muito popular nos aviões nos anos 1940 e 1950. A foto abaixo mostra um bombardeiro norte-americano decorado com uma boca de tubarão, em 1943, antes de decolar de uma base na China para bombardear o Japão.
Bombardeiro B-17 apelidado de ''Piccadilly Princess''
O avião, construído pela Boeing e chamado de “Fortaleza Voadora” (Flying Fortress), também foi usado na Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos.
Bombardeiro B-24 Liberator
Desenho de pin-up decorando um bombardeiro B-24 Liberator, em 1945. Este foi o modelo de bombardeiro mais produzido pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), muito usado inclusive pelos Aliados.
Boeing KC-135
O Boeing KC-135 ''Stratotanker'' é uma aeronave quadrimotora americana de reabastecimento aéreo que está na ativa desde 1957. Nesta foto, na base área de Andrews, em Maryland, nos EUA, um desses modelos aparece decorado com um desenho de pin-up.
The Pink Lady
O bombardeiro B-17, apelidado de The Pink Lady, foi usado na Europa pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e ficou em uso até 2010. Foi um dos mais antigos bombardeiros usados no conflito a sair de circulação.
SPAD S.XIII
O avião de caça francês traz um cavalo estampado em sua fuselagem. Estima-se que a imagem seja de 1918.
Boeing B-29
Até os anões da Branca de Neve foram parar nos aviões. O Boeing B-29, avião militar usado na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia pela Força Aérea dos Estados Unidos.
Bell AH-1 Cobra
Helicóptero Bell AH-1 Cobra, de 1967, exposto no Museu de Aviação de New Jersey

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