História da alvanca manual
A alavanca manual era comum na maioria das motocicletas
produzidas a partir de sua invenção, até a década de 50. Na maioria das
utilizações, uma embreagem operada pelo pé era apertada enquanto a marcha era
selecionada na alavanca da mão. O projeto viu um renascimento na indústria de
motos personalizadas, onde remete a eras passadas e traz um sentimento
nostálgico.
Disposição típica
A alavanca de câmbio era montada no lado esquerdo do motor,
conectada na parte de baixo por um sistema de alavancas ao seletor de marchas
da transmissão. A parte superior da alavanca costumava se projetar para cima
através de uma porta entalhada similar à caixa de câmbio de carros modernos
onde uma alavanca estilo tiptronic é usada.
Panhead da Harley-Davidson
As Panheads foram introduzidas em 1949 e receberam esse nome
do público, pois as coberturas de válvula no topo de cada cilindro lembravam
formas ("pan") de bolo. Em pouco tempo, as motos se tornaram base
para personalizações. Com o retorno dos aviadores da 2ª Guerra Mundial e o
subsequente nascimento dos clubes e cultura dos helicópteros, a ideia da
ligação com o câmbio de tanques se tornou indesejada para alguns. Pilotos que
desejavam reduzir o peso - e, alguns diriam, a aparência desordenada da
carenagem - encurtavam a alavanca ao lado do tanque de forma que a mudança de
marcha era feita diretamente na caixa de câmbio. A substituição da Knucklehead
pela Panhead trazia outra mudança profunda: cilindros de alumínio foram
trocados pelos de liga de alumínio. Anteriormente, as demandas do período de
guerra tinham restringido a disponibilidade de alumínio, mas o fim dos
conflitos fez com que aviões excedentes fossem derretidos e a matéria prima
ficou amplamente disponível para reutilização.
A combinação de alavanca manual e embreagem no pedal foi
usada pela primeira vez pela Harley-Davidson em 1915, e a embreagem na mão foi
introduzida na Panhead de 1952. Antes desse ano, a fabricante usava apenas uma
embreagem no pé esquerdo para soltar a transmissão e o câmbio de tanque na mão
esquerda para selecionar as marchas. A disposição inversa foi lançada como
opcional e ambas as versões estavam disponíveis na Panhead até o fim de sua
produção em 1965. Após dois anos da estreia, a embreagem na mão e câmbio no pé
já vendia mais que o estilo antigo em uma proporção de 2 para 1.
Embreagens suicidas
Cabe destacar que câmbio suicida e embreagem suicida são
diferentes. A embreagem era operada pelo pedal do pé que dava ao piloto a opção
de colocar os dois pés no chão ou segurar a embreagem operada pelo pé esquerdo.
Isso significava que o piloto devia escolher entre priorizar o equilíbrio ou
desengatar as marchas, uma dúvida particularmente complicada em cruzamentos.
4 comentários:
Excelente matéria!
Keep coming!
Excelente!
E meus amigo os tempos mudam ....tem gente q nem acredita se eu Falar q no princípio as motos tinha câmbio de marcha igual a de carro...
Eu tive uma Harley com câmbio manual de 3 marchas à frente e marcha à ré.
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